A estratégia ideal de tratamento para as arritmias depende tanto de uma boa avaliação médica quanto do engajamento do paciente. Os tratamentos prescritos pelo médico são fundamentais para um melhor controle ou cura das arritmias, mas os pacientes com melhores resultados são aqueles que, além de seguir as recomendações médicas, também tomam responsabilidade pela sua saúde e procuram um estilo de vida saudável.
Veja alguns temas de estilo de vida e suas implicações no tratamento e prevenção das arritmias.
Existem estudos sobre aumento das arritmias (em específico a Fibrilação Atrial) em atividades de altíssimo desempenho, tais como maratonas, ultra maratonas e afins. Para atletas de alto desempenho, por exemplo, o recomendável é passar por uma avaliação médica antes, pois existem arritmias de risco alto que podem se manifestar mesmo no jovem e se exacerbar, especialmente em atividades físicas de alta intensidade.
Orientação para quem possui Arritmias
Pessoas sabidamente portadoras de arritmias ou com suspeita clínica de arritmias devem sempre procurar seu médico para orientação, pois existem desde arritmias muito benignas sem relação com esforço físico, que não devem limitar a prática esportiva, até arritmias malignas diretamente ligadas ao exercício e cuja prática pode acarretar um altíssimo risco de morte. Só um diagnóstico correto por profissional qualificado vai esclarecer qual, é qual.
Alimentação e estilo de vida
Tanto as pessoas com arritmias quanto sem arritmias devem seguir uma alimentação saudável, balanceada e manter seu peso ideal. Isso ajuda a prevenir doenças do coração em geral e reduz a chance de se ter arritmias graves no futuro.
Para as pessoas com arritmias, o consumo diário de até 300 mg de cafeína (3 – 4 xícaras de café) é considerado seguro e até protetor na maioria dos casos. Porém, alguns pacientes percebem arritmias logo após o consumo de café e nesses casos é interessante evitar seu consumo. O consumo de chás (em especial o chá-verde) é igualmente seguro. O uso moderado (no máximo 14 xícaras por semana) pode vir a ter um efeito protetor contra certas arritmias.
Energéticos por sua vez possuem uma concentração muito elevada de cafeína, com outras substâncias nocivas, e podem gerar arritmias potencialmente graves, de forma que o seu consumo deve ser evitado ou pelo menos bastante reduzido. O álcool, em especial se consumido em grandes quantidades, aumenta o risco de arritmias como a Fibrilação Atrial e da mesma forma pode ser recomendado que se reduza seu uso.