Um dos tipos mais comuns de cirurgia no coração é o implante de marca-passo. O marca-passo cardíaco é um dispositivo composto de um gerador de pulso e eletrodos implantados no músculo cardíaco e seu objetivo é estimular eletricamente o coração para comandar o seu ritmo, quando este fica muito lento. Essa é uma intervenção que salvou milhares de vidas desde o seu desenvolvimento até os dias atuais.
A técnica convencional de implante de marca-passo tem suas desvantagens. Ao estimular o coração com um eletrodo, localizado em uma das posições recomendadas pelas técnicas da cirurgia, ele contrai normalmente primeiro o lado direito e depois as porções mais à esquerda, sendo que o normal é que a contração aconteça praticamente ao mesmo tempo. Desse modo, o coração pode perder o seu desempenho de contração.
Evolução da técnica: Estimulação Fisiológica
Da mesma forma que a indústria evoluiu, os dispositivos e os médicos sempre buscam aprimorar a técnica do implante de marca-passo. Uma das técnicas que vem ganhando espaço é a Estimulação Fisiológica. Essa técnica busca estimular o coração da maneira mais próxima do natural possível. A maneira de se conseguir essa estimulação é implantar o eletrodo em um lugar muito específico do coração, por onde o ritmo adequado normalmente passaria.
Para conseguir localizar este ponto, são utilizadas bainhas longas, desenvolvidas para esse fim, que ajudam o médico a direcionar o eletrodo exatamente no ponto onde ele precisa chegar. O eletrodo então é fixo no músculo do coração e penetra alguns milímetros dentro do músculo, onde fica o ponto ideal para a estimulação fisiológica.
Se houver sucesso, o resultado esperado é que o coração seja estimulado de forma muito próxima ao normal, que é contraindo de uma só vez. Assim ele fica mais eficiente e tende a preservar melhor a sua força no decorrer dos anos.